O presidente da Comissão Administrativa de Luanda, José Tavares, anunciou hoje, quarta-feira, que o Prémio Literário Cidade de Luanda voltará a distinguir escritores, de forma a contribuir para o engrandecimento da cultura angolana.
O responsável fez este anúncio na abertura do V encontro de escritores de língua portuguesa, que se realiza de 21 a 23 do corrente mês, em Luanda, sob o lema “as cidades na literatura”.
Segundo José Tavares, nesta linha de pensamento e tradição o prémio visa reconhecer o trabalho e contributo da literatura, fortalecendo a identidade nacional.
Para o presidente da Comissão Administrativa de Luanda, a língua portuguesa é mais do que um simples veículo de comunicação, é sobretudo um elo do desenvolvimento cultural, político e social entre os dos países que falam português.
Adiantou que o encontro servirá para se promover uma reflexão em torno do tema “as cidades na literatura”, abordagens cuja qualidade será garantida pelos artistas presentes.
“Trata-se para nós de uma abordagem de grande utilidade, se tivermos em atenção particularidades de Luanda tem, quer pela sua história, pela sua estrutura e densidade populacional, e ser caracterizada como destino de muitos emigrantes, com as implicações estruturais e culturais que daí advêm ”, acrescentou.
Segundo José Tavares, trata-se de uma mudança complexa, quer do ponto de vista económico, cultural, cuja compreensão e dinâmica, através da literatura poderão ser compreendidas pelas abordagens que vão ser feitas.
O presidente da Comissão Administrativa de Luanda disse que o tema central do encontro “as cidades na literatura” serve de igual modo para elucidar as novas gerações sobre a importância cultural no desenvolvimento de uma sociedade.
Explicou também que o intercâmbio cultural tem a vantagem de servir de meio de troca de experiência das diferentes culturas e ganha ainda mais por ser exprimida numa mesma língua entre os países participantes.
Falando no mesmo evento, a ministra da Cultura de Angola defendeu que é necessário maior divulgação das obras dos escritores da lusofonia pelo grande público, destacando o seu contributo para o aumento de conhecimentos da juventude.
“Há um trabalho ainda árduo por desenvolver para que haja essa possibilidade de acesso a essas obras, às vezes, até magistrais, sobre o quotidiano das nossas vidas”, frisou Rosa Cruz e Silva.